O impacto da Seleção Permanente no preparo físico

O impacto da Seleção Permanente no preparo físico

Tarde de sexta-feira (30) tem debate sobre condicionamento físico no futebol feminino e o impacto da Seleção Permanente na questão

II Simpósio de educação continuada da CNMF II Simpósio de educação continuada da CNMF
Créditos: Rafael Ribeiro / CBF

A Semana de Evolução do Futebol Brasileiro teve, na tarde desta sexta-feira (29), um rico debate sobre o preparo físico no universo do futebol feminino. A mesa que discutiu a importância da formação da Seleção Feminina Permanente sob o aspecto físico foi composta por: Márcio Aurélio Cunha, coordenador de futebol feminino da CBF; Nemi Sabeh Junior, médico da Seleção Feminina; Flávio Bryk, fisioterapeuta da Seleção Feminina; e Mildre Souza, nutricionista da Seleção Brasileira.

Em sua fala, Marco Aurélio Cunha destacou as diferenças na abordagem com as jogadoras e jogadores. De acordo com o diretor, a Seleção Permanente ajuda a corrigir uma defasagem das jogadoras brasileiras a nível internacional. Nesse sentido, a equipe tem sido fundamental no projeto que tem como uma de suas finalidades uma boa participação nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em agosto:

- A Seleção Permanente foi criada para dar condições físicas de excelência para as Olimpíadas. Isso nos dá a expectativa de ter uma equipe competitiva no torneio - disse Marco Aurélio.

Nemi falou sobre as principais diferenças entre as lesões dos jogadores e das jogadoras. Apesar dos locais de contusão serem basicamente os mesmos, o doutor notou uma maior incidência de lesões do ligamento cruzado anterior e de concussões entre as mulheres. Entre os motivos apresentados para isso, esteve o aumento do quadril feminino, que gera um número maior de lesões de ligamento.

Fisioterapeuta da Seleção Feminina, Flávio dissecou a comparação entre as contusões das jogadoras brasileiras e de utros centros do futebol feminino, como Estados Unidos, Alemanha e Noruega. As estatísticas compiladas indicam que as brasileiras têm muito mais lesões musculares, enquanto as estrangeiras têm mais contusões nas articulações.

Mildre Souza, nutricionista da Seleção Brasileira, alertou para as diferenças do condicionamento físico das mulheres na categoria de base no Brasil para as atletas de elite no mundo:
- Às vezes, recebmos atletas totalmente fora dos padrões na base. Para o clube, elas estavam ótimas. Mas a nível internacional, precisam perder de cinco a seis quilos.

A fala foi acompanhada pela opinião de Marco Aurélio, que disse que esse é o momento em que a habilidade pode ser massacrada pelo desempenho físico. Após essa mesa, outro debate sobre o futebol feminino tomou conta do auditório da CBF. Tathiana Parmigiano, ginecologista da Seleção Feminina, Nathalia Figueiredo, médica do futebol feminino do Vitória, e Celso Furtado, médico do feminino do América-MG, discutiram a abordagem multidisciplinar na modalidade.

Ainda na tarde desse sexta, outras palestras movimentaram o II Simpósio na CBF. O doutor Rubens Sampaio, do Palmeiras, comandou uma mesa sobre os métodos de recuperação pós-jogo, debatendo a possibilidade de desenvolver um protocolo para o tratamento dos atletas após as partidas. Ao lado dele, estiveram os doutores Ricardo Galotti, da Sociedade Paulista de Medicina Desportiva, Charles Oliveira Costa, fisioterapeuta da Seleção Sub-20, Márcio Koury, da Chapecoense, e Odir de Souza, fisioterapeuta da Seleção Brasileira.

Antes disso, o doutor Jorge Pagura comandou um debate sobre a importância do envolvimento médico da CBF e da FIFA, com ajuda de Diogo Netto, da CBF, e Moisés Cohen e Marcio Oliveira, do Centro de Excelência da FIFA.

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