Especialistas falam sobre doping no futebol

Especialistas falam sobre doping no futebol

Série temática de palestras foi coordenada pelo presidente de Controle de Doping da CBF, Fernando Solera

III Simpósio de Educação Continuada da CNMF - Marco Aurélio Klein

III Simpósio de Educação Continuada da CNMF - Marco Aurélio Klein

Créditos: Lucas Figueiredo/CBF

III Simpósio de Educação Continuada da CNMF - Osni Jacob

III Simpósio de Educação Continuada da CNMF - Osni Jacob

Créditos: Lucas Figueiredo/CBF

III Simpósio de Educação Continuada da CNMF - Luciano Hostins

III Simpósio de Educação Continuada da CNMF - Luciano Hostins

Créditos: Lucas Figueiredo/CBF

No terceiro módulo de palestras do 3º Simpósio de Educação Continuada da Comissão Nacional de Médicos do Futebol, o assunto tratado foi "Doping: do campo ao Tribunal". Coordenada por Fernando Solera, presidente de Controle de Doping da CBF, a série temática de palestras também teve a presença do doutor Osni Jacob, do Presidente do Tribunal de Justiça Antidopagem Luciano Hostins, e do sociólogo Marco Aurélio Klein.

Solera detalhou os procedimentos que precisam ser realizados em todas as partidas de futebol e explicou que o controle é feito por três pontos. O primeiro é a igualdade: que o técnico escale o melhor do grupo naquele momento, e não o que está usando uma substância proibida. A segunda questão é a saúde: um exame de dopagem pode detectar algum problema que o atleta vem apresentando. A terceira questão é a ética: prezar pelo Fair Play, tentando proporcionar um jogo justo. O coordenador da palestra também ressaltou a distribuição das equipes pelo Brasil e a importância da educação e de treinamento. 

– Nós temos equipes de controle de doping no Brasil inteiro. Isso é muito importante pois em qualquer lugar que você for jogar terá um responsável por aquela equipe. Em alguns estados que há um maior número de partidas, a gente tem uma equipe maior, como em São Paulo onde há 50 pessoas envolvidas em controle de doping. Cada um recebeu o treinamento e tem o certificado FIFA. Todos nós fizemos o que estamos fazendo hoje, a educação continuada – comentou. 

Osni Jacob trouxe para sua palestra estatísticas sobre casos analíticos adversos. Ele também falou sobre as evidências que mais têm aparecido nos exames de 2017, como diuréticos e corticóides, com 7 e 6 casos, respectivamente. O médico trouxe históricos de controle de doping ao longo dos 27 anos de controle e 55.707 amostras, sendo, em 2017, 5.500 feitas. Hoje, pode-se dizer, de acordo com o Sistema ADAMS - uma plataforma na internet para conciliação, mediação e arbitragem - que em termos mundiais temos uma incidência de doping de mais ou menos 0,5% no futebol.

Já Luciano Hostins falou sobre como a legislação esportiva atua perante ao doping e as divisões do Tribunal. O Presidente do TJD-AD explicou todas as implicações a que os médicos e jogadores têm diante do Tribunal de Justiça e quais as penas realizadas a determinadas infrações de médicos e atletas. Hostins ressaltou o aumento no uso de diuréticos, citado por Osni na palestra anterior, e convidou a Comissão de Dopagem da CBF para que se promovesse uma parceria com o Tribunal. 

– Nós precisamos investigar e tentar identificar o motivo desse aumento. Será que está se usando o diurético com a finalidade de mascarar o uso de uma substância pior? Será que está havendo muitos casos de contaminação? Pois é uma preocupação. É com a saúde do atleta que estamos lidando nessa situação. 

Finalizando o módulo, Marco Aurélio Klein falou sobre métodos de prevenção contra contaminação involuntária, circunstâncias de inteligência e ida a campo para proteger o atleta. Ele usou como exemplo dessa chegada ao campo, um aparelho de leitura imediata que indica alguma substância que possivelmente o atleta esteja utilizando. O sociólogo também anunciou que, em fevereiro, terá um aplicativo com uma lista de substâncias proibidas pela WADA e que o atleta e o médico poderão consultar o medicamento que irá usar para ter ciência de algum elemento proibido. 

A programação do evento continua durante a terça-feira (24) e termina nesta quarta-feira (25). Ao todo, são 8 módulos com diferentes temas da área médica esportiva como tratamento de lesões, doping, concussões e fraturas.

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